No limiar da moralidade?
A Lei n.º 3/2008 contêm alterações que são moralmente duvidosas.
"Sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente a três semanas no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao triplo de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos 2.º e 3.º ciclos no ensino básico, no ensino secundário e no ensino recorrente... deve realizar...uma prova de recuperação, na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite"
E a não aprovação nessa mesma prova de recuperação têm uma de 3 consequências:
1) O cumprimento de um plano de acompanhamento especial e a consequente realização de uma nova prova;
2) A retenção do aluno inserido no âmbito da escolaridade obrigatória ou a frequentar o ensino básico, a qual consiste na sua manutenção, no ano lectivo seguinte, no mesmo ano de escolaridade que frequenta;
3) A exclusão do aluno que se encontre fora da escolaridade obrigatória, a qual consiste na impossibilidade de esse aluno frequentar, até ao final do ano lectivo em curso, a disciplina ou disciplinas em relação às quais não obteve aprovação na referida prova.
Resumindo, um aluno que esteve 3 semanas em casa devido a uma doença, têm obrigatóriamente que fazer uma prova de recuperação a todas as disciplinas e como se isso não fosse suficientemente penalizante, caso reprove a alguma dessas provas têm ainda que uma das 3 consequencias acima enumeradas.
Cúmulo dos cúmulos, tal situação é equiparada a um aluno que simplesmente não quis ir as aulas.
Sinceramente estou interessado em saber qual a opinião dos visitantes do nosso blog a esta alteração que considero especialmente gravosa para os alunos que tendo justificação médica são tratados da mesma maneira que os seus colegas que são "baldas".
"Sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente a três semanas no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao triplo de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos 2.º e 3.º ciclos no ensino básico, no ensino secundário e no ensino recorrente... deve realizar...uma prova de recuperação, na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite"
E a não aprovação nessa mesma prova de recuperação têm uma de 3 consequências:
1) O cumprimento de um plano de acompanhamento especial e a consequente realização de uma nova prova;
2) A retenção do aluno inserido no âmbito da escolaridade obrigatória ou a frequentar o ensino básico, a qual consiste na sua manutenção, no ano lectivo seguinte, no mesmo ano de escolaridade que frequenta;
3) A exclusão do aluno que se encontre fora da escolaridade obrigatória, a qual consiste na impossibilidade de esse aluno frequentar, até ao final do ano lectivo em curso, a disciplina ou disciplinas em relação às quais não obteve aprovação na referida prova.
Resumindo, um aluno que esteve 3 semanas em casa devido a uma doença, têm obrigatóriamente que fazer uma prova de recuperação a todas as disciplinas e como se isso não fosse suficientemente penalizante, caso reprove a alguma dessas provas têm ainda que uma das 3 consequencias acima enumeradas.
Cúmulo dos cúmulos, tal situação é equiparada a um aluno que simplesmente não quis ir as aulas.
Sinceramente estou interessado em saber qual a opinião dos visitantes do nosso blog a esta alteração que considero especialmente gravosa para os alunos que tendo justificação médica são tratados da mesma maneira que os seus colegas que são "baldas".
24 comentários:
Concentração de Professores e Professoras
Setúbal, 1 de Novembro Ver cartaz em anexo
18-20h
Largo da Misericórdia
Os Professores com uma manifestação nacional única marcada para o dia 8 de Novembro , em Lisboa, convidam todos, a participarem neste grande protesto. Vamos todos: alunos, encarregados de educação, auxiliares de educação, elementos da escola segura, cidadãos preocupados pelo seu futuro e pelo futuro dos seus entes queridos, participar neste evento. Por uma educação nova. Por uma educação melhor.
Boa noite. Estava a ver que ninguém levantada esta questão pertinentissima. Isto é tão aberrante que tive a ilusão de existir nesta lei um lapso legislativo,uma lacuna, uma errada interpretação, mas infelizmente não. Trata-se de algo impensável, como pode alguém legislar uma coisa assim? Infelizmente é mesmo assim. Sou mãe de uma criança de 11anos que frequenta o 6º ano, na reunião de pais com o director de turma coloquei várias questões, na tentativa de perceber, julgando estar a interpretar mal a lei,mas a resposta é bem explicita, se uma criança adoecer, ainda que esteja hospitalizada, quando regressa às aulas o brinde que tem é uma prova sobre as matérias a que não assistiu, se não tiver poderes sobredotados de saber a matéria sem que lhe tenha sido ministrada, reprova. Fantástico! O mais fantástico ainda é aceitar-se situações destas serenamente. Há qualquer coisa nestas teorias que sinceramente, devo ser muito estúpida, porque não consigo perceber.
Bem hajam JSD, por trazerem este assunto a publico, tal como tantos outros de grande interesse.
O problema da educação é que não se vai á raiz do problema, que é o proprio estado da educação e as competências que fornece para a vida activa, então o ministerio entretem-se com estas parolices que so vem criar mais confusão e instabilidade no nosso ensino, esta geração um dia vai ter grandes problemas de consciência quando vir aquele que fez ao país.
Acho que devia haver um tratamento diferente entre alunos que não vão às aulas simplesmente porque não querem e alunos que foram impossibilitados de assistir às aulas por doença. Aos primeiros acho que sim, devem ser penalizados, mas aos segundos acho que deveriam ser dadas aulas extras (mas que não sobrecarregassem demasiadamente o aluno) para compensar a matéria perdida, assim que toda esta fosse aprendida pelo aluno suspenderiam-se as aulas extras. Assim o aluno não sairia prejudicado por algo que não teve culpa.
Que esperam os encarregados de educação para agir?
Porque é que as entidades dos encarregados e educação não se mexem?
Será porque são dominadas por socialistas e cheios de subsidios do governo?
Compareçam à manifestação dos professores que nesta luta tem exactamente a mesma posição.
QUERO AGRADECER AOS PROFESSORES QUE FAZEM OS SEUS PROTESTOS AO FIM-DE-SEMANA PARA NÃO PREJUDICAREM OS ALUNOS, AO CONTRÁRIO DE MUITAS OUTRAS PROFISSÕES QUE FAZEM GREVE NAQUELA QUE ACHAM QUE SERÁ A PIOR ALTURA PARA A SOCIEDADE.
Ao anónimo que diz "Será porque são dominadas por socialistas e cheios de subsidios do governo?", acha? Acha que o governo subsidia os encarregados de educação? Sejamos sensatos!
Os encarregados de educação sentem-se desprotegidos. A questão é que parece impensável a implementação de uma lei assim.
Sendo professor, reconheço muitas medidas erradas neste ECD e nas alterações ao sistema de ensino actual. Reconheço o pior, o PSD não tem melhor para oferecer, basta ver as suas mais recentes propostas, feitas por Meneses.
Agora, meus caros, não empanturrem as pessoas com informação deturpada. Leiam corretamente as alterações! E, ao julgarem-se capazes da sua interpretação, façam a devida explicação ou comentários.
É necessário conhecer minimamente a realidade das escolas e perceber que o que já acontece, para vir aqui debitar pensamentos erróneos.
Basta ler para perceber que o C. Pedagógico decide nessa matéria, bem como o C. Turma. As faltas podem ser justificadas, deixando de produzir os efeitos referidos.
Ainda, antes da prova de recuperação, os encarregados de educação são chamados à escola antes de tudo isso, para alertar sobre a situação e tomam medidas em conjunto para evitar que tal se suceda.
Ao escrever o que escreveram, querem dizer que os professores do C. Turma, ou o titular, no caso do 1º ciclo vão recusar justificações por motivos de saúde, ou outros que tais?
Não acham justo proceder à recuperação de informação perdida nesse espaço de tempo?
Bom, com tanto para melhorar no sistema educadivo, permitam-me, começaram pela pior maneira.
Sérgio Paes
Caro Sérgio Paes, a lei está disponível para todos a lerem.
Não importa se as faltas são justificadas ou não, pois independentemente da sua natureza têm consequências nefastas para os alunos.
Igualar faltas justificadas e injustificadas não é promover a assiduidade e evitar o abandono escolar, não é promover a autonomia das escolas e não é justo para quem já é castigado por razões penosas.
Já agora e na sua qualidade de professor, e no sentido de alargar o debate, pergunto qual a opinião que tem sobre:
1.Avaliação dos Professores por colegas que não são da mesma área.
2.A aplicação de cotas para as classificações mais elevadas.
3.Integrar a componente do abandono escolar na avaliação quando se sabe que muito raramente o professor tem um papel determinante nesse sentido.
O Sr que diz ser professor não mostra sensibilidade alguma face a questões de incoerencia como esta. Então em que ficamos? a escola justifica as faltas? Aconselh-o a ler melhor a lei Sr. Professor.
Ao Sr. Davide, em relação aos 3 pontos citados, sou de opinião contrária, a minha opinião é pública, tenho propostas feitas junto de sindicatos, que fiz questão de enunciar juntos de representantes políticos. Por isso, não me espanta absolutamente nada virem falar em sensibilidade. Na verdade, não dou aulas há 3 dias, e tenho visto muita gente gritar aos 4 ventos de desespero, muitas vezes sem conhecer as propostas de lei sequer, ou fazendo interpretações distorcidas. Por isso mantenho o que disse sr Francisco. Já leu? Já a discutiu? Não estou a falar de barato, ou a aviltrar pela corrente política. Falo com conhecimento de causa,pensam os senhores que estas alterações não são discutidas na escolas?
Já agora, dispenso o titulo sr. francisco... não é um poleiro, é o que faço e com gosto.
Com os melhores cumprimentos,
Sérgio Paes
Anónimo que agradece aos professores,
se calhar é melhor ir averiguar bem o significado de greve e a finalidade da mesma. Sabe que uma greve só surte efeito se tiver consequências incómodas para o país. Uma greve não serve só para o estado meter uns milhões aos bolsos, uma greve serve para incomodar, para espicaçar, para estremecer as coisas! Senão, qual seria o seu propósito?
A senhora Patrícia Fernandes é rídicula... prefiro muito mais como encarregado de educação ter os professores do meu filho a fazerem manifestações ao fim de semana. E esse é um facto que merece elogio da minha parte. Agora greves como as que se estão a passar na Soflusa são greves terroristras... entende. Claroq ue entende até pq não é mãe.
Quanto ao estatuto do aluno, no que diz respeito a faltas é uma falta de bom senso praticamnente equiparar as faltas justificadas a injustificadas.
Mas Patricia continue a defender o seu PS que consigo e com os seus continua a caminha para o abismo... para si a educação são os Magalhães, são os subsidios atribuidos a comissões nacionas de associções de pais que ninguem sabe como chegaram lá.
E sim, são subsidiados, as associações de pais desde as distritais. Então a nacional!!É melhor abrirem bem os olhos para verem as dezenas de milhar de euros que receberam em deste ME que faz com que concordem com tudo.
Sinceramente não percebo o pq deste senhor Sergio Paes vir para aqui comentar quando no seu blog os comentários são moderados por ele e só aparecem aqueles que ele quer depois de bem escolhidos.
"Basta ler para perceber que o C. Pedagógico decide nessa matéria, bem como o C. Turma. As faltas podem ser justificadas, deixando de produzir os efeitos referidos."
Ignorante
Sr Sérgio Paes pode-nos dizer em que escola dá aulas?
E dia 8 de Novembro qd aparecerem encarregados de educação aliados aos professores numa manisfestação de mais e 50 mil participanntes então o seu PS vai tremer!!
Não basta ler a lei, há que interpretar.
Tomam medidas para evitar que tal suceda? O quê? que medidas? Em situações de doença? Como? Seria fantástico.
As faltas justificadas desde que sejam de 3 semanas também contam, ou é capaz de fundamentar o contrário? Se é, acho optimo, é que eu não sou, e assim socorro-me do Sr. professor para me ajudar a compreender e interpretar esta lei.
Realmente, é triste ver que certos comentários, que se percebem logo de quem são, vêm aqui encapotados por anónimos...
São ridiculos! É lamentável. É sabido que publico os vossos comentários, mesmo quando não passam de simples propaganda, mas avante...
Quer saber em que escola trabalho? Tem importância isso? já trabalhei em várias durante 7 anos, têm dúvidas? Paciência, a minha vida pessoal não tem aqui nenhuma importância, muito menos para fazer política barata. Se tiver coragem, leia a lei em questão e saiba argumentar.
Em relação à greve: podemos discutir o assunto... Sabe em quantas greves já participei de consciência tranquila?
A primeira foi auqnado a dra Ferreira Leite era ministra da educação, lembram-se??? Talvez não, mas investiguem...
Este ponto não me parece um ponto forte desta greve, outros poderão ter maior fundamentação ou fonte de argumentação e até discórdia.
Todos sabemos que há coisas que estão mal na educação e nem vale a pena esconder... todos sabemos que a negociação dos sindicatos fracassou e que agora tentam dar a volta numa fase em que julgam o governo mais propício a fraquejar, desejo boa sorte e que o resultado seja o melhor para a educação do futuro.
Acho importantissima essa participação democrática, mas, por saber, defenderei a correcta exploração da informação antes de se sair para a rua e antes de alarmismos. Coisa que muitos sindicatos não se interessam, mas isso seria polémica a mais para agora... Basta pensar que os lugares para prof sindicalistas foram reduzidos em larga escala e muitos tiveram que voltar às suas escolas, para fazer, espantem-se as suas funções profissionais, que horror e injustiça não é?!
Vamos pensar por nós antes de reagir a tudo o que mexe. Importa-me acima de tudo o progresso da educação, antes dos possiveis tremeliques do ps ou psd. Tenho tido,
este Sergio Paes
que ao menos tem coragem de assinar sem cobradias e sem pudores em dizer o que é!
já agora, é muito giro ter muitos comentários, ainda que para lançar fogo, insultuosos e que levam muitos a crer em erros.
Deixo a sugestão aos moderadores que não é mau de todo moderar blogs para não surgirem afirmações infames, como insultos e mentiras aqui publicadas com o vosso aval.
Ignorante, explique porquê.
No blog da JS há comentários que não são publicados? quais? um, com justificação aliás... É essa a seriedade da vossa política?
SP
A isto chama-se incongruências pois a MFL foi ministra da educação há muito mais do que sete anos... aí essas contas..."A primeira foi auqnado a dra Ferreira Leite era ministra da educação, lembram-se??? Talvez não, mas investiguem..."
"Quer saber em que escola trabalho? Tem importância isso? já trabalhei em várias durante 7 anos"
Incongruência ou falta de perspicácia????
Mas eu ajudo-o a chegar lá, obviamente era ESTUDANTE nessa altura!!! E se bem se lembram, ela conseguiu por muitos na rua nessa altura.
E quando digo por na rua, não falo em despedir, falo mesmo em provocar manifestações... estará melhor assim?
Enfim...
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