Património natural
É curioso ver o site da Câmara Municipal do Seixal, especificamente a rubrica "Turismo", na parte dos "Locais de interesse" e no que diz respeito ao património Natural lemos o seguinte texto: «O Património Natural no concelho do Seixal é marcado essencialmente pela ocupação de cerca de 10% do seu território por Reserva Ecológica Nacional, onde se integra o Sapal de Corroios, o Sapal de Coina e o Sapal do Talaminho. A Baía do Seixal é o ex-libris do Concelho, que pela sua singularidade tem condições naturais para a realização de diversas práticas desportivas e de lazer, oferecendo uma paisagem privilegiada. É de salientar a riqueza ornitológica e a fauna aquática existentes, em particular no Sapal de Corroios. Este local serve de pouso temporário para muitas aves migratórias como o flamingo, o alfaiate, o perna-longa, a garça e o pato-bravo, que aqui procuram alimento e abrigo. O Sapal de Corroios funciona também como uma “maternidade” e “creche” para diversas espécies de moluscos, crustáceos e peixes. Ao longo das margens da Baía do Seixal, é possível, por vezes, observar as aves a alimentarem-se, sendo as mais emblemáticas as garças, reais e esporadicamente colónias de flamingos.» Este texto é tudo menos a realidade, é uma miragem! Esta Câmara destrói tudo o que o Seixal tem de mais puro: o património natural! Que paisagem priviligiada oferece a Baía?! Os esgotos? Os barcos abandonados? Se o Sapal é de uma riqueza ornitológica, porque o querem destruir? Até quando vamos viver no faz de conta que está tudo bem?
4 comentários:
A Baía do Seixal é realmente um bom exemplo do "faz de conta" presente não só no concelho do Seixal, mas também em todo o país a nível ambiental. Tiram-se belas fotografias e fazem-se descrições maravilhosas capazes de suscitar interesse em quem não conhece, mas chegando ao local visualizamos o estado de abandono em que se encontra e presencia-se à destruição do meio aquático com a descarga directa de esgotos urbanos.
Por muito que se pintem belos cenários num papel ou num site, isso não chega, é a altura de intervir e de proteger o que é um riqueza natural do concelho do Seixal. Todos temos direitos mas tambem deveres, e a protecção deste meio é um dever que temos para com as gerações futuras.
Não sejamos egoistas!!!
Bom texto Marlene, de facto é incrível ver como o executivo da câmara despreza todo o território municipal, com principal ênfase para o património natural, no entanto faz dele uma bandeira de propaganda.
É um facto interessante, que tudo aquilo que há de belo e interessante no seixal ou é algo relacionado com Áreas naturais, como o sapal ou a baía ou então é tudo edificações com bem mais de 50 anos… desde que a CDU tomou conta dos destinos do seixal que nada de interessante foi feito nesta zona...apenas prédios, prédios e mais prédios, todos eles sem qualquer interesse arquitectónico, apenas caixotes que nascem no concelho como cogumelos, fazem meia dúzia de rotundas e 1 mini parque infantil com más condições por cada 50mil habitantes, enquanto isso vai acabando com todos os espaços verdes no concelho para poder continuar a edificar...não respeitando o território que não lhes pertence mas pertence sim a todos os habitantes do concelho!
Sinceramente, não consigo achar um ponto positivo na gestão deste executivo, nem o site é de qualidade, nem tem informação privilegiada sobre o que quer que seja,alias eu ate acho que os comunistas são contra as novas tecnologias,e que antes preferem gastar mundos e fundos no Boletim Municipal do que rentabilizar esse dinheiro, há algo de muito mal neste concelho.
Muito sinceramente, e apesar dos problemas e cortes orçamentais que este governo fez no que ao financiamento das autarquias diz respeito, acho que a Câmara do Seixal ainda tem feito um grande esforço no sentido da requalificação.
É bom não ignorar que a reabilitação significa um trabalho a longo prazo, mas penso que pelo menos estamos a ir na direcção certa: para a frente.
Sou a primeira a dizer que é um dever criticar o que está mal no concelho, mas até a própria crítica deve ter algum sentido de responsabilidade e, principalmente, da realidade.
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