O Daniel Geraldes, no seguimento
deste texto publicado no blog Seixal Sim pelo membro da Assembleia Municipal do Seixal pelo PCP, Dr. Paulo Silva (?), colocou
esta questão.
Ora, de acordo com a
informação disponibilizada pela Câmara Municipal do Seixal, o nosso concelho, entre 1970 e 1981 aumentou a sua população em 134,1% (o que corresponde a cerca de 50.000 novas pessoas). A média da Área Metropolitana de Lisboa (Sul) foi de 45,1% neste período, significativamente inferior à registada no Seixal.
No período entre 1981 e 1991 a população do nosso concelho cresceu 31,1% (o que corresponde a cerca de 27.000 novas pessoas). A média na Área Metropolitana de Lisboa (Sul) foi de 9,6% neste período.
Entre 1991 e 2001 o aumento cifrou-se nos 28,5% (o que corresponde a cerca de 33.000 novas pessoas). A média na Área Metropolitana de Lisboa neste período foi de 11,6%.
De acordo com os
dados disponíveis no INE, no ano de 2007 habitavam no concelho do Seixal 173.406 pessoas, o que corresponde a um crescimento de cerca de 23.000 pessoas em apenas 6 anos.
Pelos dados que apresentámos, a evolução do crescimento populacional no concelho do Seixal é significativamente superior à média da AML, quer Norte, quer Sul e muito superior à média do crescimento (que em alguns casos é mesmo negativo) populacional em Portugal.
Face aos dados de que dispomos relativos às aprovações de novos alvarás de loteamento e aos Planos de Pormenor que têm sido elaborados e que prevêem a construção de milhares de novos fogos e tendo em consideração que nos primeiros 5 anos posteriores aos censos de 2001 a população do Seixal já aumentou em mais de 23.000 pessoas, é lícito que se diga que se prevê um continuado aumento da população do nosso concelho nos próximos anos.
Tudo isto está directamente relacionado com a construção do novo Hospital do Seixal, obra que a JSD Seixal considera importante para o aumento da qualidade de vida da população do nosso concelho.
No entanto, é preciso deixar bem claro algo que não é mera hipótese, mas facto assente: a Câmara Municipal do Seixal, através das suas políticas de (des)ordenamento do território é a principal responsável pelo facto de a população do Seixal não estar a receber os melhores cuidados possíveis no âmbito geral da assistência hospital e em particular da assistência médica.
Uma vez que não existe articulação entre a aprovação de projectos imobiliários e a necessária construção dos equipamentos que vão proporcionar qualidade de vida (hospitais, estradas, escolas, centros de saúde, etc.), estranhamos o tom acusatório com que a CMS aponta o dedo ao poder central e o responsabiliza pelo facto destes equipamentos não estarem construídos.
Em nosso entender, a politica de ordenamento do território no concelho do Seixal é desproporcionada em relação à realidade do resto do território nacional. Assim sendo, a pergunta do Daniel Geraldes é obviamente pertinente, sendo a resposta do Dr. Paulo Silva demagógica e irrealista. Ficamos à espera de melhores esclarecimentos.